Uso médico, militar e industrial: os exoesqueletos já estão na mercado

Literalmente, exoesqueleto significa esqueleto externo. A robótica se apropriou do termo que até então era utilizado na zoologia, utilizado para definir o esqueleto resistente de alguns animais como tartarugas e aracnídeos.

Em termos tecnológicos, os exoesqueletos são veículos robóticos que humanos controlam. Eles podem ser utilizados para assistir pessoas, como no caso do feito por Nicolelis, ou até para aumentar a força, velocidade ou resistência de um humano. Na ficção científica, o Homem de Ferro usa um exoesqueleto para combater vilões e salvar o planeta.

Apesar de ainda estarmos longe de termos um Tony Stark sobrevoando as cidades, o exoesqueleto já é uma realidade em alguns campos da sociedade. O projeto que foi apresentado por Nicolelis na Copa foi um dos mais desenvolvidos do mundo no assunto.

A companhia Google criadora do gmail, também trabalha arduamente no campo da robótica, a diferença é que não foca todos seus esforços nesta área, diferentemente de outras empresas.

Em vídeo feito pelo Portal da Copa, Nicolelis, que é pesquisador da Universidade de Duke, falou mais sobre o projeto Andar de Novo. “O cérebro gera mensagens genéricas como “eu quero andar, eu quero me mexer, eu quero parar ou eu quero parar a bola. E essas mensagens interagem com os controles de baixo nível das articulações do robô”, conta.

O uso militar e industrial dos exoesqueletos

Grande parte do desenvolvimento dos exoesqueletos é no campo militar. No exército americano, o projeto para construção da tecnologia começou em 2001 e foi implementado pela DARPA (Us Defense Advanced Research Projects Agency).

Um dos exoesqueletos desenvolvidos pela DARPA foi a Warrior Web, capaz de aumentar a força dos soldados. Feita também para facilitar o carregamento de objetos, a armadura permite que o soldado leve até 30 kg na mala com mais facilidade do que o normal.

Enquanto algumas armaduras são feitas apenas para facilitar a locomoção do soldado, outras devem ser usadas em combate. A Special Operations Command, empresa privada, está fazendo protótipos de exoesqueletos que podem impedir balas com um líquido que se solidifica em frações de segundo. A ideia é que o produto chegue ao mercado bélico em 2018.

A DARPA também tem investido em mercados que vão alem do militar. Em 2014, a empresa anunciou o desenvolvimento da Soft Exosuit, que foge das características de outros exoesqueletos. Ao invés de ser rígido, a roupa é maleável e “dá o nível correto de assistência, no momento certo para quem está vestindo”, diz a Wired.

Enquanto isso, a Hyundai anunciou em maio de 2016 que produziu um exoesqueleto que é capaz de dar mais força para os humanos. Segundo o post no blog da companhia, que compara a armadura ao Homem de Ferro, o exoesqueleto poderia ter funções industriais, médicas e militares.

Já a Panasonic construiu um exoesqueleto mais simples, mas capaz de ajudar trabalhadores que carregam peso e idosos. A armadura foi desenvolvida para sentir quando quem está a vestindo está segurando um objeto pesado.